Recuse o cativeiro, conforme a autora de "Mulheres que correm com lobos"
- Nádia Rocha

- 11 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Recuse-se a ficar no cativeiro.
Com os instintos aguçados para ter equilíbrio, salte para onde bem entender, uive à vontade, apanhe o que estiver à mão, descubra tudo o que puder, deixe que seus olhos revelem seus sentimentos, examine tudo, veja o que puder ver.
Dance usando sapatos vermelhos, mas certifique-se de que eles sejam os que você mesma fez à mão.
Você será uma mulher cheia de vida.
- Clarissa Pinkola Estés, psicóloga, no livro “Mulheres que correm com lobos”
A leitura dessa autora tem desenvolvido algumas perspectivas minhas, entre elas o cativeiro e os sapatos vermelhos. Essas ideias podem te ajudar a analisar as situações, como está ocorrendo comigo! Vamos lá que te mostro.

No seu livro, Clarissa apresenta mitos, lendas e contos que permearam a história da humanidade.
No momento em que estou da publicação, no conto Os sapatos vermelhos, ela trata o cativeiro como os lugares, as situações e as pessoas que podam a alma feminina, se recusam a reconhecer o mundo interior de cada mulher.
Então, a ideia é reconhecer, mas não dar poder a essas situações limitantes. Nos vemos assim em ocasiões do dia a dia, em que desempenhamos papeis diversos. As situações nos podam, nos enquadram, nos diminuem.
Assim, não se defina pelo seu cativeiro e não o deixe definir você. Se você não puder sair, procure não permanecer nessa prisão. Como já dizia Frida Kahlo: onde não puder amar, não te demores. Incluiria essa frase para onde não puder se comunicar e se desenvolver como pessoa, não te entregues.
Já os sapatos vermelhos feitos à mão no conto são os projetos pessoais de cada mulher. Na historinha, a menina adorava seus sapatos feitos à mão, mas eles são queimados pela madrasta e ela e é obrigada a se enquadrar em uma espécie de vida no castelo - um cativeiro.

Depois surgem lindos sapatos vermelhos reluzentes industrializados, vendidos como se fossem a fórmula da felicidade para a garota. Ela os compra e não consegue mais parar de dançar. Entra em uma vida frenética e infeliz, em que os sapatos não param de sapatear e ela fica escrava da situação. Ou seja, trata-se de outro cativeiro, uma espécie de ideal de felicidade, que a enquadra novamente.
Enfim, a mensagem principal aqui é que, sim, devemos nos desenvolver pelos nossos próprios projetos - e que eles sejam de nossa autoria! Há vários ideais que são impostos por cativeiros culturais ou são vendidos como a solução para os nossos problemas. Em ambas as situações, ficamos limitadas e estéreis.
Bora desenvolver nossa natureza, a natureza da mulher selvagem e cheia de vida, a que corre com lobos.







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